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CINCO MINUTOS DE PROSA...

Crônica falada da Rádio Cruz Alta, no dia do falecimento de Nicolau Schüür, em 17 de janeiro de 1967de autoria de Gilberto Martins dos Santos.

Cruz Alta, especialmente a comunidade germânica do município, perdeu um de seus baluartes: Nicolau Schüür.

Moço ainda acorreu ao Brasil para emprestar a nossa gente sua parcela de contribuição ao desenvolvimento de uma terra que recém engatinhava.

Nicolau Schüür antes de descer em Cruz Alta bateu cabeça Brasil a fora. Mas em cada ponto em que passava, seu espírito comunicativo selava a amizade. Depois de tempos é que veio para cá.

Aqui constituiu sua família. Nasceram seus filhos. Brotaram seus negócios. Em Cruz Alta Nicolau Schüür sentiu o fruto de seu trabalho e abnegação.

Constituiu firma especializada, uma das maiores do interior do Estado., no seu ramo. Foi um dos primeiros profissionais a se ensaiar na fabricação de tintas, quando ainda não existiam os grandes trustes a dominar o mercado nacional. Era o pioneiro de uma atividade.

Cruz Alta deve muito do que tem a iniciativa de Nicolau Schüür, homem devotado ao trabalho e ao lar, zeloso representante de uma comunidade que, isoladamente, soube representar seu povo ante outras comunidades florescentes do interior do Rio Grande do Sul.

No entanto, a morte não poupou a dedicação e o esforço desse cidadão. Colheu-o no momento em que pretendia ampliar suas atividades, transformando a firma e, consequentemente, dando a nossa terra um pouco mais de importância comercial.

Mas, infelizmente, a vida sempre termina assim. Não que seja o prêmio com que se distingua o bom do mau, o correto do imperfeito, o orgulhoso do comunicativo. Não. O prêmio é um só para todos, não importando sua folha de serviço, seu passado de lealdade.

Nicolau Schüür foi um cidadão envolvido nas principais promoções da cidade. Dentro de sua comunidade religiosa - a Evangélica, foi um símbolo. Responsável por um punhado de iniciativas que aos poucos íam se consolidando, se concretizando.

Perdemos esse cidadão. Apenas em nossa memória o registro de seu ânimo e a convivência de todos os familiares e amigos, principalmente aqueles que conviveram com Schüür e hoje sabem responder pelo seu dinamismo.

Text translated by: Rafael Reuwsaat Fraga
© 2020 by Daniel Schüür. E-mail: daniel.schuur@gmail.com
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